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Meu nome é Daniel Carvalho. Como você já deve saber, sou engenheiro civil e pré-candidato a vereador pelo MDB de Teresina. Tenho debatido nete espaço uma série de problemas que nossa coletividade precisa começar a resolver. Eles vão do transporte à assistância à saúde e educação. Mas toda a minha plataforma passa, necessariamente, pelas questões ambientais.

Temos visto os desastres climáticos que se abatem sobre todo o planeta castigando inclusive o nosso País. Todos nós nos comovemos, por exemplo, com as cheias no Rio Grande do Sul. Elas ainda geram consequências nefastas que demorarão muito tempo para ser mitigadas.

A ciência vem alertando há cerca de 50 ano: a atividade humana está produzindo gases-estufa que aquecem nossa atmosfera. Como a Terra é um sistema fechado, é óbvio que quanto mais calor, mais evaporação; quanto mais evaporação, mais chuvas; e quanto mais chuvas, mais graves são as ameaças para as comunidades que criaram cidades à beira de rios — caso de todos nós, teresinenses.

Praticamente toda a população brasileira vive em cidades situadas na linha costeira ou na beira de algum rio importante. Só nas capitais litorâneas há mais de 22 milhões habitantes. Isso ocorre porque a colonização portuguesa edificava cidades onde era mais fácil captar a água e escoar o esgoto e os resíduos.

O despertar tardio para a necessidade de preservar o ambiente natural transformou as metrópoles que se fomraram em usinas de poluição e degradação ambiental. Sem uma legislação adequada para orientar a industrialização e a urbanizaçao do País, passamos a rapidamente destruir o ecossistema aquático, matando a fauna com efluentes domiciliares e industriais.

Aqui em Teresina, dois terços dos efluentes são jogados in natura no Poti e no Parnaíba. A população foi se acostumando aos poucos com as reclamaçõs dos pescadores, com o mau cheiro e com a sujeira que desce pelas águas mansas e cada vez mais turvas dos nosso dois rios.

Os políticos, da mesma forma, foram vendo a poluição dos cursos d’água com uma inquietante naturalidade. “Obra enterrada não dá voto”, repete-se ainda hoje como justificativa do nosso indigente desrespeito pela natureza. O bordão ainda é o motor da ação de muitos detentores de mandato, e a administração pública não despertou para as emergências climáticas que passaram a se repetir com frequência alarmante.

Nem mesmo as tragédias que se repetem com frequência cada vez maior foram capazes de mudar a atitude desrespeitosa com que a política trata o meio-ambiente. Elas parecem estar ainda longe da gente, ocorrendo sempre entre os menos afortunados. É sempre na cidade do outro, no estado do outro, como se nós aqui em Teresina estivéssemos imunes à maneira como a atmosfera tem reagido aos nossos ataques.

Inundação de 1985
Inundação de 1985: centenas de desabrigados e muitos prejuízos para a população

Antes que sejamos colhidos pelo ‘azar’ de uma cheia assassina, é bom prestar atenção aos sinais de vulnerabilidade que nossa cidade apresenta. As chuvas regulares já são um transtorno para a população ribeirinha. Bairros inteiros são periodicamente alagados sem que nada seja feito para evitar as próximas ocorrências calamitosas. Em um século, tivemos ao menos ao menos sete grandes inundações:

  1. Inundação de 1926: Essa foi uma das primeiras grandes enchentes documentadas na cidade, causando grandes danos às áreas urbanas.
  2. Inundação de 1947: Outra enchente significativa que impactou fortemente a infraestrutura de Teresina.
  3. Inundação de 1950: Esta enchente também trouxe sérios prejuízos, afetando muitas famílias e propriedades.
  4. Inundação de 1960: Uma das inundações mais devastadoras da cidade, com o transbordamento dos rios Poti e Parnaíba causando ampla destruição.
  5. Inundação de 1974: Conhecida como uma das piores inundações da história de Teresina, com grande número de desabrigados e perdas materiais consideráveis.
  6. Inundação de 1985: Esta foi outra inundação significativa que afetou a cidade, resultando em grandes esforços de recuperação e reconstrução.
  7. Inundação de 2009: Mais recentemente, Teresina enfrentou graves enchentes que novamente destacaram a vulnerabilidade da cidade a eventos climáticos extremos.

Não é preciso recorrer a nenhum outro registro para saber que Teresina precisa estar preparada para enfrentar os efeitos do aquecimento global. Não é porque este ano não choveu o suficiente para gerar uma tragédia que podemos nos dar ao luxo de não fazer nada. Os efeitos do câmbio climático serão avassaladores. Segundo os especialista do Painel do Clima, as intempéries serão cada vez mais drásticas e frequentes. E é impossível prever que lugar do globo será castigado por elas.

Este ano teremos eleições municipais. É a hora certa para que os candidatos digam como pretendem atuar para ajudar a população a enfrentar o inevitável. Todos os pré-candidatos a vereador e prefeito deveriam neste momento estar apresentando suas plataformas e dizendo de que maneira estão disposto a cumprir a responsabilidade de atuar objetivamente produzindo políticas de prevenção que possam nos livrar dos alagamentos, das mortes e prejuízos provocados pelas tempestades que certamente virão.

Há meses venho apresentando minhas propostas. Desenvolvei a plataforma Teresina, Capital Verde, que prevê uma série de soluções para alçar Teresina à condição de referência global em respeito ambiental. Elas começam pela construção de centrais de geração de energial fotovoltaica, a eletricidade obtia por meio de placas solares.

Isso poderia liberar ao menos R$ 100 milhões do orçamento para investir em prevenção de tragédias climáticas. E não somente: com esse dinheiro seria possível fazer com que completássemos, por exemplo, o saneamento básico, reduzindo endemias, mortalidade e a poluição dos rios e do solo.

Se o seu candidato a vereador ou prefeito não discute esses problemas, não vote nele. Eleger um político que não se importa com a sustentabiidade é o mesmo que optar voluntariamente pelo sofrimento e pelo atraso. Todo candidato ou pré-candiato precisa ser questionado e se comprometer com a resolução dos problemas ambientais que ainda nos afligem e ameaçam.

A bola está com você, que tem no voto uma arma poderosa contra aqueles que se omitem e, com isso, permitem que o ambiente propício ao sofrimento se instale. Valorize esse instrumento, pois ele pode fazer a diferença entre um futuro caótico e uma vida comunitária sem riscos desnecessários, com mais justiça e respeito a todos, inclusive ao nosso ambiente.

Pode até parecer distante, mas preservar o planeta é como deixar a nossa casa limpa, arumada e segura. É nossa responsabilidade cumprir essa tarefa. Afinal, quem gosta de viver no lixo são as pragas e os urubus, não os humanos civilizados e conscientes da responsabilidade que têm para com a coletividade e o ambiente.

Façamos, pois, bom uso do voto na próxima eleição.

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Conheça meu site clicando aqui: www.danielcarvalho.org.

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